Os reflexos da quarentena praticada no Brasil desde Março do corrente ano serão percebidos até o primeiro trimestre de 2021, segundo projeções do Banco do Brasil.
Com o fim dos programas sociais e de incentivo às empresas previstos para Dezembro, o aumento no índice de inadimplência será notório. No momento, as parcelas de financiamentos e empréstimos estão suspensas, o que acaba "maquiando" os números. Ademais, o recurso financeiro direto, por meio do Auxílio Emergencial, acabou por manter minimamente o consumo das famílias aquecido, movimentando o mercado.
O Vice-presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos do BB, Carlos Bonetti declarou no dia 06/08/2020 que " Nossa projeção é de que a inadimplência deve atingir o ponto máximo entre o quarto trimestre deste ano e o primeiro trimestre do ano que vem. Com a prorrogação de parcelas, muito da inadimplência foi represado. Por isso, só deve se apresentar no último trimestre".
A projeção do Banco é de que a Taxa de inadimplência, no princípio de 2021 possa atingir o percentual de 7%, voltando a patamares próximos aos que foram vistos em 2016. "Na melhor projeção, a inadimplência chegaria em patamares semelhantes ao que vimos em 2016", alertou Bonetti.
No contato direto com os devedores o que se nota é que realmente o dinheiro não está circulando. Diferente do período pré-pandemia, a grande maioria dos inadimplentes hoje não se escusa do contato, mas alega falta de condições financeiras.
O que mais importa, hoje, é não perder o contato com o Inadimplente, mantendo um canal aberto de comunicação e persistir, uma vez que será pago quem não for esquecido e para tanto o permanente contato é essencial.
A terceirização do setor de cobranças é hoje um aliado às empresas, que têm a certeza de que seus devedores não as esquecerão.